Tintas a base de resinas PU: um avanço para a impressão em rotogravura e flexografia

Todos os dias, surgem novas aplicações de embalagens flexíveis, monocamada ou laminadas, a partir de matérias-primas virgens, recicladas e provenientes de fontes não-renováveis e renováveis. As demandas ambientais, logísticas e de consumo vão, pouco a pouco, moldando a nossa indústria de embalagens.

E estas mudanças vão, por conseguinte, transformando a cadeia de fornecimento de insumos, máquinas e ferramental necessários à fabricação dessas embalagens.

Em tintas líquidas para impressão, temos visto inúmeras mudanças na última década. Uma delas, bastante importante, é a proliferação dos sistemas curáveis por ultravioleta ou feixe de elétrons, que precisou avançar tecnologicamente para tornar-se uma alternativa viável em custos e atender as criteriosas exigências de odor, sabor e migração da indústria alimentícia.

Outra mudança importante foi a busca dos sistemas de cura por ultravioleta foi o seu aperfeiçoamento para maior eficiência energética – os atuais sistemas UV-LED, altamente econômicos.

As tintas base água também têm sido aperfeiçoadas, assim como a própria mistura de solventes das tintas a base de solvente foram, gradualmente, encontrando eco na matriz de propílicos, com menor consumo e melhores propriedades de printabilidade.

A última grande inovação que surgiu na indústria de tintas líquidas de impressão são as tintas com resinas 100% à base de PU.

É preciso recordar que existem diversos tipos de resinas empregadas na fabricação de tintas para a impressão de embalagens flexíveis, tais como as poliamidas, acrílicas, nitrocelulósicas etc.; 

As de base PU (poliuretânicas) apresentam inúmeras propriedades melhoradas. Talvez uma das mais importantes seja a força de laminação bastante superior, quando comparadas a outros sistemas de resinas. Esta resistência elevada diminui o fenômeno da delaminação, bastante comum em estruturas consideradas críticas. Ela também está mais alinhada com os dias atuais, onde o comprador (dono da marca) exige lead times cada vez mais curtos e o tempo de cura ideal jamais é respeitado em virtude da pressa.

O problema histórico das tintas de base de resina PU sempre foi a dispersão dos pigmentos  mais dificultosa, o que acabaria por exigir outras co-resinas para melhorar a printabilidade. Fabricar a própria resina PU e poder combinar resinas PU com diferentes propriedades é uma maneira inteligente e elegante de eliminar o efeito.

As tintas a base de resina PU também entregam uma resistência térmica inigualável, o que torna o produto a primeira opção do convertedor que está por fabricar embalagens para envase asséptico, retort ou autoclave, por exemplo.

Mas, talvez, um dos grandes vetores de transformação que impele a adoção cada vez maior das tintas full PU é a urgência por se imprimir cada vez mais rápido, dentro dos padrões de qualidade exigidos pelos clientes. As tintas PU se comportam perfeitamente bem em altas velocidades de impressão.

Por último e não menos importante está a questão da opacidade. A maioria das embalagens possui um chapado branco como camada de base. Opacidade alta e força de laminação raramente andam juntas. Com outros sistemas de resinas, quando se obtém uma opacidade de branco elevada, perde-se a força de laminação. Mas com tintas fullPU, é possível atingir opacidades inigualáveis sem, contudo, comprometer a força de laminação.

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